O vento levou-me os sentidos (...)
As minhas mãos não sentem nem conseguem tactear qualquer objecto.
O meu tronco por mais quente que esteja, deixa-se atravessar pela fresca humidade que paira pelo ar.
A minha mente repugna qualquer sensação calorosa.
(...)mas as sensações ainda são bombeadas por este orgão que me apela.
E apesar do imenso frio que se faz sentir lá fora., o meu corpo ainda sente as tuas gélidas mãos. O meu pescoço ainda sente a tua breve respiração e os meus lábios ainda são comandados pelos teus.
Por incrível que pareça, o frio ainda não me conseguiu congelar o coração e inconscientemente esboço a tua vida com a minha.