Not Izzie

Completamente enternecida com a fotografia da nova família de Katherine Heigl (a Izzie de Grey's Anatomy), que acaba de adoptar uma bebé coreana de dez meses portadora de uma deficiência que se recusa - e bem - a identificar, apetece-me louvar a coragem de todas as pessoas que, como ela, se dispõem a acolher uma criança desconhecida de casa e coração abertos, assim como a amá-la desde o primeiro minuto como se fosse um amor de sempre.

Da mesma forma que me apetece lamentar a lentidão que, ainda hoje, marca os processos de adopção em Portugal - lentidão essa que acaba invariavelmente por roubar um tempo inestimável e insubstituível a estas famílias. E a obsessão generalizada por crianças perfeitas, saídas directamente dos catálogos da Chicco, em detrimento de outras (não tão perfeitas mas tão ou mais merecedoras), que acabam votadas a uma vida de abandono por terem tido o azar de nascer com uma cor diferente. Ou de já não serem bebés de colo. Ou de não serem exactamente iguais às outras.

É por tudo isto que aqui deixo o meu elogio a esta (grande) mulher. Que ainda por cima nem sequer explorou a hipótese de ter filhos biológicos. Eu, confesso, nunca teria sido capaz.

Porque É de Pequenino...

Que o Tom Cruise é um dos maiores imbecis à face da Terra, isso não é novidade nenhuma; e que a Katie Holmes deve sofrer horrores (e gostar) nas mãos dele, também não. Mas que a criança que nasceu desta infeliz união não tem culpa nenhuma dos paizinhos que lhe calharam, lá isso também é verdade.

Como se não bastasse o que ela deve ver e ouvir todos os dias, desta vez resolveram passeá-la de sapatos de salto alto (!). E se a progenitora parece orgulhosa do seu mini fashion icon, a avaliar pela maneira aparentemente despreocupada como se passeia com ela pelas ruas de Boston ("deixa-me cá fazer de conta que não vejo os 47 paparazzi que estão escarrapachados à minha frente").

Para além de dar vontade de espetar um bom par de estalos na cara de cada progenitor, apetece questionar a imprensa que classifica repetidamente este pobre rebento como "a criança que mais influência tem no mundo". É um bocadinho como os concursos da TVI e o respectivo aproveitamento, em horário nobre (que isto o que é mau é para se ver), das habilidades de trazer por casa de uma série de pirralhos suburbanos (mal) vestidos como gente grande e apadrinhados pela Júlia Pinheiro e pelo Goucha. Um mimo.

A mim, compete-me garantir que nunca verão a minha filha vestida à (pseudo) moda, de leggings e túnica roxa. Nem o meu filho de cabelo cheio de gel, armado em pintas. Pelo simples (mas aparentemente incompreensível) motivo de que são apenas crianças. Mas isto é como diz o povo... cada um sabe de si.

To Ground or Not to Ground

- Ó Mãe, ó Mãe, hoje não fiquei de castigo na escola!!!

E assim descobri, em três ou quatro palavras proferidas telefonicamente, que Baby V. passa a vida de castigo e que tudo o resto é dia de festa.

Errata

Retiro o que disse anteontem. Isto porque me lembrei de um motivo importantíssimo (de teor gastronómico, evidentemente) para adorar o Outono: o regresso dos scones!

Pass the butter, please!

Millennium

Bastante atrasada, é certo - mais concretamente na véspera da estreia da primeira adaptação ao cinema -, ataco hoje a trilogia do momento: Millennium, de Stieg Larsson.

Pelo que já vi e ouvi, esperam-me muitas noites de insónia.

Deprimida

Diz que o Verão acaba hoje.

Isto Sim, É Um Must-Have!

Esqueçam as leggings, os enchumaços e os anos 80. Se me quiserem oferecer um presentinho digno da saison Outono/Inverno que se aproxima, qualquer uma destas fabulosas chaves da Tiffany's me fará imensamente feliz.

E olhem que até dia 28 de Setembro os portes são grátis para encomendas superiores a USD$175,00 (nos Estados Unidos, é claro, mas isso agora não interessa nada). Let the orders begin!


Leighton Meester (Gossipi Girl)

What Happened in the 80's Stays in the 80's

Michael Kors

Se não sabem, ficam a saber. Este Outono/Inverno vamos assitir a um regresso dos anos 80, com tudo de mau que isso implica:

- Os ombros rectos marcados por enormes enchumaços;

- O veludo;

- As leggings (peça cujo autor devia, muito honestamente, ser executado em praça pública);

- Todo o look disco sound à la Grease, repleto de roupas coleantes e cabelos ao alto;

- Os tons néon, com especial destaque para o amarelo cítrico, o rosa magenta e o azul eléctrico;

- Os animal prints;

- A conjugação de peças e acessórios em tons de ouro, prata, bronze e chumbo - de preferência todos-em-um;

- Todo um espírito motard meet punk rock, em que os cabedais e as napas são trabalhados como se fossem tecidos e aderem ao corpo como uma segunda pele, em looks integrais, head-to-toe, densamente polvilhados por tachas e metais e contrapostos por apontamentos em renda (sim, é isso mesmo, o Billy Idol está de volta, já o ouço a cantar o White Wedding e tudo).

A coisa está tão mas tão mal que um dos must-haves da estação é um minivestido de lycra. O que é o mesmo que dizer que este Outono/Inverno vou andar nua (fashionwise). Tudo isto porque ninguém entende que o aconteceu nos anos 80... devia mesmo ficar nos anos 80.

Balmain

Estamos de Volta

E depois da travessia do deserto que foi o regresso às aulas de Baby C., aqui estou eu, qual Brise Contínuo, de volta à blogosfera. Com a vida familiar quase nos eixos e a confissão de que esta vossa amiga sofreu mil vezes mais que a sua cria mais pequena em todo o processo de adaptação à escola (ao ponto de PM me ter afastado da tarefa de levá-la de manhã, alegando que o facto de eu fazer figuras patéticas colada à porta da sala, quase de copo encostado ao ouvido, não ajudava em nada – e não ajudava), a verdade é que Baby C. já come como antigamente e lá se conformou com a sua nova vida. Continua a fazer a viagem de carro até ao colégio a trautear “cola não!”, mas isso agora não interessa nada, que isto o pior já passou e há que fazer de conta que não ouvimos. Até à carrinha da escola – que eu jurava a pés juntos que ela ia encarar como um OVNI prestes a raptá-la para um planeta distante, cheio de homenzinhos verdes – ela se adaptou logo, a vendida.

A partir de agora, juro que vou tentar publicar posts regulares (não necessariamente interessantes) sobre a série que é a minha vida. Cenas do próximo episódio, lamentamos, mas não há. Stay tuned.

P.S.: Um grande beijinho de parabéns à Cookie, que hoje faz anos!

Intervalo

E eis que a bolha rebentou - e de que maneira. Baby C. foi para a escola pela primeira vez e há três dias (ou seja, desde que começou esta nova etapa) que se recusa a comer. E nós sem sabermos o que fazer.

Até a coisa entrar nos eixos, pedimos desculpa, mas vamos andar mais no mundo real e menos no virtual. Voltamos em breve. Espero eu.