Saciado o espírito de o ter perto dela, ela deixou de o sentir, deixou de o amar, de uma forma simplificada mas não totalmente correcta, deixou de o querer.
Ela não sabia o que queria, mas sabia perfeitamente o que não queria, não queria perder o pouco que restava apesar de já não haver volta a dar, apesar de já não haver praticamente nada. Independentemente de tudo o que aconteceu eles não conseguiram manter vivo o que tanto queriam para seu futuro. Não conseguiram lidar com a longa distância que os separava, não conseguiram combater as tempestades que entre eles se opuseram e portanto o desejo que tanto os unia acabou por se quebrar diante de tantas fragilidades demonstrada por ambas as partes. Não conseguiram atingir a luz que se encontrava no fundo da longa caminhada simplesmente porque se deixaram ficar a meio.
Ela não o criticava e, de um modo geral, não o culpava por toda a situação em que ambos se encontravam. Tinha consciência que a culpa também era dela e que esta também não tinha combatido as fortes tempestades que lhe apareceram. Não foi fiel à “promessa” de que ele seria apenas e exclusivamente o único dono do seu pensamento. Na verdade não foi fácil lidar com toda esta situação mas ela tentou, tentou que ele permanece intacto no seu pensamento, mas já não dava, o facto de já não demonstrar sentimento ela sentia-se «mal» em continuar a fazer com que ele lhe pertencesse. Tinha de o libertar de dentro dela e dar-lhe o que nunca pode dizer: que ele lhe pertencia. Tinha de o deixar seguir com a sua vida e provavelmente dar a oportunidade a outra pessoa para o ter em seus braços.
O desejo de te voltar a ter superou o desejo de me saciar contigo!
O desejo de te voltar a ter superou o desejo de me saciar contigo!