Não há nenhuma regra de boa educação que permaneça em mim para que te possa respeitar. Todas as normas de convivência com outros seres da mesma espécie migraram contigo. Levaste junto a ti todas as qualidades que me completavam.
Levaste-me agilmente os pulmões. Levaste-os com ousadia e foste audaz para com eles.
Educaste-os para te respeitarem a ti e, somente a ti; ensinaste-lhes a lidar contigo e com essa tua estranha forma de ser. Agora? Ausentaste-te delicadamente com eles, tal e qual como fazias com todas as outras coisas a que tomavas posse.
Roubaste-lhes toda a lucidez que adquiriam sempre que, para sua sobrevivência, se aliavam aos teus para conseguirem um pouco de folgo.
A impotência apoderou-se dos meus pequenos pedaços esponjosos que simplificavam os constituintes do ar em, breves inspirações e expirações.
-Não me leves estes conjuntos de tecidos um por um. Magoará menos, adormecê-los todos de uma só vez.