As pernas fraquejaram. As mãos pararam de tremer e as glândulas salivares secaram.
As lágrimas não percorriam a face, o sangue parava de circular nas veias e estas dilatavam. Os olhos começavam a fechar-se e o batimento cardíaco era escasso. Na respiração já ecoava um ruído estranho que a incapacitava de realizar perfeitamente aquele acto involuntário mas que a mantinha viva.
Num acto ilícito, perdera todos os sentidos e entregara-se corporalmente a outrém, pois mentalmente já não restariam forças que a movessem, muito menos que a guiassem para qualquer paragem..
Estaria novamente nas mãos de outro ser para além da sua própria alma.
E a viagem começaria novamente, por entre montes de saudade e buracos de ilusão.