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Wednesday, February 25, 2009
Dúvida Existencial
Alguém me explica por que motivo os homens, que tanto gostam de afirmar a sua masculinidade, à primeria possibilidade (leia-se, no Carnaval) mascaram-se de mulheres?
Tuesday, February 24, 2009
Os Óscares
O grande vencedor foi Slumdog Millionaire e não podia ter ficado mais feliz. Mereceu cada prémio e ainda devia ter ganho o da melhor Montagem, mas enfim, não se pode ter tudo. Também fiquei contente por The Curious Case of Benjamin Button não ter vencido nenhum dos galardões mais importantes - porque, muito sinceramente, acho que não merecia.
Não é que não seja um bom filme, mas comparado com a concorrência, seria uma injustiça atribuir-lhe mais de metade das estatuetas para que estava nomeado. Se calhar sou eu, que nunca gostei muito do estilo Big Fish (nem de Brad Pitt), mas enfim... ainda bem que em Hollywood alguém concorda comigo.
Mas a grande surpresa da noite foi, sem dúvida, Hugh Jackman. Aquele que eu sempre achei um carrascão-para-melhorzinho conquistou-me logo na abertura da cerimónia, com a sua postura, sentido de humor, voz, dança e... sim, é verdade, aspecto. A partir de hoje, o sexiest man alive conta com mais uma fã - eu mesma.
Finalmente, nomeados & vencedores, será mais interessante vê-los assim...
Fotografias: People e Vanity Fair
Sunday, February 22, 2009
Saturday, February 21, 2009
The Reader
Apesar de ser, indubitavelmente, um óptimo filme, faltou-lhe alguma coisa para me convencer. A realização de Stephen Daldry (Billy Elliott, As Horas) é irreprensível, a interpretação de Kate Winslet muitíssimo conviencente - embora não a tenha achado assim tão melhor que em Revolutionary Road - e o romance homónimo de Bernhard Schlink proporciona, de facto, um olhar completamente diferente sobre o Holocausto.
O conjunto, no entanto, não me encantou. Talvez tenha sido a obsessão para toda a vida que Michael desenvolve por Hanna, muito pouco plausível, quase patológica (embora reconheça que é o coração de toda a trama e que de relações normais está o mundo cheio, não suscitando interesse da parte de ninguém), talvez fosse o final, demasiado arrastado... ou talvez não fosse nada disto e tudo ao mesmo tempo.
Resumindo: achei um bom filme, mas dificilmente um filme brilhante.
Wednesday, February 18, 2009
Mito (Não) Urbano
Tuesday, February 17, 2009
Vicky Cristina Barcelona
Em poucas palavras, é um filme que se vê bem. Ponto. Porque lhe falta Wody Allen. A sua presença, a sua voz (não custava nada ter abraçado o papel de narrador), a sua cidade fétiche (Nova Iorque), o seu humor mais característico, a música que sempre marcou os seus filmes...
Para além disso, nota-se que foi Allen que chamou por Barcelona (foi uma produtora espanhola, ajudada por Penélope Cruz e Javier Bardem, que convenceu o realizador a escrever um argumento adaptado à cidade) e não Barcelona a chamar por Allen. Como consequência, a cidade acaba por ser retratada de um ponto de vista muito turístico, quase como se a percorressemos de mapa na mão, sem perder um único landmark - mas perdendo toda a vivência que sempre caracterizou a sua obra e as suas personagens.
Junte-se a tudo isto uma história tão sofrível como inconsequente e o resultado nunca poderia ser brilhante. É quase caso para dizer "volta, Woody Allen, estás perdoado." Como se alguma vez o tivesse condenado por alguma coisa.
Para além disso, nota-se que foi Allen que chamou por Barcelona (foi uma produtora espanhola, ajudada por Penélope Cruz e Javier Bardem, que convenceu o realizador a escrever um argumento adaptado à cidade) e não Barcelona a chamar por Allen. Como consequência, a cidade acaba por ser retratada de um ponto de vista muito turístico, quase como se a percorressemos de mapa na mão, sem perder um único landmark - mas perdendo toda a vivência que sempre caracterizou a sua obra e as suas personagens.
Junte-se a tudo isto uma história tão sofrível como inconsequente e o resultado nunca poderia ser brilhante. É quase caso para dizer "volta, Woody Allen, estás perdoado." Como se alguma vez o tivesse condenado por alguma coisa.
Sunday, February 15, 2009
Slumdog Millionaire
Numa palavra: ADOREI. Absolutamente genial, este filme de Danny Boyle (lembram-se de Trainspotting?) e de Loveleen Tandan, que, a começar pela realização, funde com mestria mundos e aspectos imensamente díspares, quase incompatíveis: um percurso de vida brutalmente real e uma lindíssima história de amor; uma Índia crua e miserável e paisagens coloridas, inebriantes, que quase se conseguem sentir e cheirar; uma sociedade antiga e distante e a transversalidade de um programa como o "Quem Quer Ser Milionário"; Hollywood e Bollywood.
Apesar de ainda não ter visto muitos dos outros nomeados, diria que é um sério candidato a melhor filme, melhor(es) realizador(es), melhor fotografia, melhor montagem e melhor banda sonora - sendo que também está (duplamente) nomeado para melhor canção original, com dois temas nos quais já estou viciada.
Se não ganhar pelo menos algumas destas categorias, juro que vou a Hollywood atirar-lhes ovos podres. Nem que, para isso, tenha de criar as galinhas.
A ver, comprar e guardar.
Friday, February 13, 2009
Thursday, February 12, 2009
A Cama do Canto do Quarto
Tuesday, February 10, 2009
Milk
Quando completou 40 anos, Harvey Milk fez um balanço da sua vida e percebeu que não tinha feito nada de que se orgulhasse. Foi então que decidiu mudar de vida e partir para São Francisco com o seu amante, Scott, para rapidamente descobrir (e sentir) a discriminação e a perseguição de que a comunidade homossexual local era alvo.
Em pouco tempo, transformou-se naturalmente no porta-voz da comunidade gay, enfrentando corajosamente as autoridades em defesa das minorias, até se tornar o primeiro homossexual assumido a ser eleito para um cargo público. Lutou incansavelmente pela igualdade de direitos e pela integração das diferentes minorias na sociedade, até ter morrido, em 1978 - com muito de que se orgulhar.
Nomeado para oito Óscares, incluindo quase todas as categorias principais, não acho que mereça o de melhor filme, mas Sean Penn merece concerteza a estatueta para melhor actor principal.
Em pouco tempo, transformou-se naturalmente no porta-voz da comunidade gay, enfrentando corajosamente as autoridades em defesa das minorias, até se tornar o primeiro homossexual assumido a ser eleito para um cargo público. Lutou incansavelmente pela igualdade de direitos e pela integração das diferentes minorias na sociedade, até ter morrido, em 1978 - com muito de que se orgulhar.
Nomeado para oito Óscares, incluindo quase todas as categorias principais, não acho que mereça o de melhor filme, mas Sean Penn merece concerteza a estatueta para melhor actor principal.
Monday, February 9, 2009
A Nossa Família
Friday, February 6, 2009
The Duchess
The Duchess conta a história (real) da Duquesa de Devonshire, Georgiana Cavendish (interpretada por Keira Knightley), que viveu entre 1757 e 1806. Dona de uma beleza invejada por toda a sociedade inglesa, Georgiana tirou partido desse facto, assim como da sua inteligência, para influenciar o cenário político da época.
Longe de ser um filme imperdível, acaba por ter a vantagem de ilustrar o machismo, a (consequente) visão redutora do papel das mulheres na sociedade, a opressão e a obsessão pelas aparências que marcaram toda uma época. Knightley vai razoavelmente bem em mais um papel de época (Pride & Prejudice, Atonement) - apesar de não gostar particularmente dela -, e Ralph Phiennes também.
Está nomeado para duas categorias “menores”: art direction e costume design.
http://www.theduchessmovie.com/
Longe de ser um filme imperdível, acaba por ter a vantagem de ilustrar o machismo, a (consequente) visão redutora do papel das mulheres na sociedade, a opressão e a obsessão pelas aparências que marcaram toda uma época. Knightley vai razoavelmente bem em mais um papel de época (Pride & Prejudice, Atonement) - apesar de não gostar particularmente dela -, e Ralph Phiennes também.
Está nomeado para duas categorias “menores”: art direction e costume design.
http://www.theduchessmovie.com/
Tuesday, February 3, 2009
Revolutionary Road
Revolutionary Road, ou como a aparente felicidade de uma família que todos julgam perfeita - e que tem, à partida, tudo para ser feliz (os filhos, a casa nos subúrbios, a cerca branca) - pode esconder um (in)conformismo crescente, corrosivo e quase sufocante.
Fantásticas, as interpretações de Kate Winslet e Leonardo diCaprio, no papel de um casal suburbano dos anos 50, de Michael Shannon, como um homem alienado da sociedade, aparentemente perturbado mas quase clarividente (nomeado para o Óscar de Melhor Actor Secundário), a realização de Sam Mendes, que regressa aos dramas suburbanos que tão bem sabe fazer (veja-se American Beauty), e a brilhante banda sonora de Thomas Newman, injustamente afastada das nomeações.
Um murro silencioso no estômago, a não perder.
Fantásticas, as interpretações de Kate Winslet e Leonardo diCaprio, no papel de um casal suburbano dos anos 50, de Michael Shannon, como um homem alienado da sociedade, aparentemente perturbado mas quase clarividente (nomeado para o Óscar de Melhor Actor Secundário), a realização de Sam Mendes, que regressa aos dramas suburbanos que tão bem sabe fazer (veja-se American Beauty), e a brilhante banda sonora de Thomas Newman, injustamente afastada das nomeações.
Um murro silencioso no estômago, a não perder.
Monday, February 2, 2009
Música para Os Meus Ouvidos
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