Revolutionary Road, ou como a aparente felicidade de uma família que todos julgam perfeita - e que tem, à partida, tudo para ser feliz (os filhos, a casa nos subúrbios, a cerca branca) - pode esconder um (in)conformismo crescente, corrosivo e quase sufocante.
Fantásticas, as interpretações de Kate Winslet e Leonardo diCaprio, no papel de um casal suburbano dos anos 50, de Michael Shannon, como um homem alienado da sociedade, aparentemente perturbado mas quase clarividente (nomeado para o Óscar de Melhor Actor Secundário), a realização de Sam Mendes, que regressa aos dramas suburbanos que tão bem sabe fazer (veja-se American Beauty), e a brilhante banda sonora de Thomas Newman, injustamente afastada das nomeações.
Um murro silencioso no estômago, a não perder.
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