Em poucas palavras, é um filme que se vê bem. Ponto. Porque lhe falta Wody Allen. A sua presença, a sua voz (não custava nada ter abraçado o papel de narrador), a sua cidade fétiche (Nova Iorque), o seu humor mais característico, a música que sempre marcou os seus filmes...
Para além disso, nota-se que foi Allen que chamou por Barcelona (foi uma produtora espanhola, ajudada por Penélope Cruz e Javier Bardem, que convenceu o realizador a escrever um argumento adaptado à cidade) e não Barcelona a chamar por Allen. Como consequência, a cidade acaba por ser retratada de um ponto de vista muito turístico, quase como se a percorressemos de mapa na mão, sem perder um único landmark - mas perdendo toda a vivência que sempre caracterizou a sua obra e as suas personagens.
Junte-se a tudo isto uma história tão sofrível como inconsequente e o resultado nunca poderia ser brilhante. É quase caso para dizer "volta, Woody Allen, estás perdoado." Como se alguma vez o tivesse condenado por alguma coisa.
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