Não foi preciso muito tempo para que esta se deixasse levar pelo meio envolvente, pela saudade sentida, pelo amor quebrado e pela distância corporal. Ela permanecia horas e horas deitada na relva e nada a demovia. Entretanto, deixou-se levar pelos pensamentos e deparou-se com a enorme sequência de vivências que criara, aliás apenas se limitou a organizá-las. Elas já estavam criadas, já tinham sido realizadas e agora estavam prestes a serem perdidas pelo vasto sentimento que este deixara bem marcado em seu peito.
Ele nem reparou nas marcas que ficaram gravadas, tanto na memória como no corpo. Eram marcas que tinham sido criadas aos poucos, e a cada dia que passava intensificavam-se mais, mais e mais! Já não dava mais para esconder, elas eram visíveis aos olhos e sentidas pela mente, eram de tal forma profundas que a cada bombear do coração a ferida aumentava. Como se não estivessem ainda cicatrizadas e o controlador da vida estivesse a acabar com a mesma. A ferida abria cada vez mais, e nada a conseguia fazer sarar.
A desilusão que preenchia a alma da rapariga impedia-a de se curarr. A ida do rapaz deixou-a tão fragilizada que já nem forças restavam para salvar a sua alma quanto mais o seu corpo.